Igreja Nossa Senhora da Conceição
A Igreja Nossa Senhora da Conceição, localizada no Centro do município, na 65 Ladeira Dom João Cavati, é um símbolo histórico e cultural do Brasil colonial. Construída em 1585 pelo Padre José de Anchieta, a igreja é uma das mais antigas da região, sendo parte do antigo aldeamento jesuíta e símbolo do crescimento da cidade. Conhecida como Antiga Matriz, foi dedicada inicialmente a Sant’Ana e Santa Maria, mas posteriormente a Nossa Senhora da Conceição. Apesar de sua história conturbada, que inclui incêndios e reconstruções, a igreja mantém sua arquitetura barroca e beleza rústica, com detalhes em conchas na fachada. Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a igreja abriga relíquias sacras do século XVII, como cálices e crucifixos. As visitas são permitidas durante os horários de missa, proporcionando um ambiente de paz e reflexão, além de vistas encantadoras da cidade. Além da igreja, é possível visitar as ruínas próximas, enriquecendo ainda mais a experiência histórica e cultural.
Radium Hotel
Inaugurado em 1953, o Radium Hotel em Guarapari é um ícone histórico e cultural da cidade. Localizado em frente à Praia da Areia Preta, o hotel foi um marco de luxo e sofisticação, recebendo celebridades e políticos de todo o Brasil. Com 140 quartos, suítes especiais e salões de jogos e lazer, foi um dos hotéis mais grandiosos do país. Após a proibição dos jogos de azar em 1964, o hotel entrou em declínio. Em 1992, foi fechado devido à deterioração, mas foi tombado pelo IPHAN em 1998, preservando sua memória histórica. Com sua rica história e localização privilegiada, o Radium Hotel está prestes a se tornar um polo de desenvolvimento e cultura, focado na capacitação profissional e no crescimento econômico e social. O hotel passará por um restauro completo e será transformado em um Centro de Inovação para o Turismo, onde o Senac oferecerá cursos nas áreas de gastronomia, turismo, saúde e inovações, visando fortalecer o setor e revitalizar o patrimônio histórico.
Poço dos Jesuítas
Localizado no Morro do Atalaia, nas pedras à beira-mar, o Poço dos Jesuítas é o único remanescente dos vários construídos pelos jesuítas no século XVI. Com formato de cúpula, foi feito de pedras sobrepostas e uma argamassa composta de areia, conchas trituradas e óleo de baleia. Conhecido como "Poço da Frente" ou "Poço de Beber", era utilizado pela população em tempos de escassez hídrica. A construção destaca as técnicas avançadas dos jesuítas em engenharia e uso de materiais locais, garantindo sua durabilidade ao longo do tempo. Atualmente, o poço está em processo de tombamento pelo Conselho Estadual de Cultura, contribuindo para a valorização da identidade local e fortalecendo o turismo cultural e histórico em Guarapari. Visitar o Poço dos Jesuítas proporciona uma viagem ao passado, revelando a importância dos jesuítas no desenvolvimento da cidade.
Gruta de Sant'Ana
A Gruta de Sant'Ana, situada na Ladeira Dom João Cavati, é um símbolo da devoção religiosa da cidade. Construída em 1942 pelo morador Joaquim Leopoldino Lopes, a gruta é conhecida também como "Grutinha". Feita de pedras sobrepostas, a gruta é um testemunho da influência jesuítica na região, ligada à tradição religiosa que remonta à primeira igreja da aldeia, datada de 1585, dedicada inicialmente a Sant'Ana. Foi restaurada e entregue a comunidade em 1991, tornando-se um Patrimônio Afetivo do município. A "Grutinha" possui uma escadaria que facilita o acesso dos visitantes. Em seu interior, encontram-se um quadro de Sant'Ana e de Nossa Senhora Menina, pintado pelo padre Antônio Nunes, e um nicho com a imagem de Nossa Senhora de Lourdes, confeccionada em mármore, com o auxílio da população local.
Cemitério São João Batista
O Cemitério São João Batista, localizado no centro de Guarapari, próximo à Praia das Virtudes, é um marco histórico da cidade. Sua construção, iniciada em 1906 pelo prefeito João Batista de Almeida, apelidado de "Juca Brandão", enfrentou uma peculiar dificuldade: a falta de falecimentos na cidade. Durante dez anos, ninguém morreu na vila, o que atrasou sua inauguração até 1916, quando, finalmente, um cadáver de uma andarilha indigente da vizinha Beneventes (atual Anchieta) foi "emprestado". A média de vida elevada dos moradores e a salubridade da vila, devido à sua localização bem ventilada e elevada, contribuíram para a ausência de óbitos. Antes mesmo da descoberta dos benefícios das areias monazíticas, Guarapari já era conhecida como "cidade saúde". A demora na inauguração levantou suspeitas de desvios de verbas públicas destinadas à construção do cemitério. Durante a cerimônia de inauguração, um vereador local proferiu um discurso célebre, destacando a localização da cidade entre o Oceano Atlântico e a Mata Atlântica. Esse episódio inspirou Dias Gomes a criar o personagem Odorico Paraguaçu na novela "O Bem Amado", onde o prefeito da cidade de Sucupira contrata um pistoleiro para conseguir um cadáver e inaugurar o cemitério. O Cemitério São João Batista, que leva o nome do prefeito João Batista de Almeida, continua a ser um ponto de interesse cultural e turístico, perpetuando a memória de um curioso capítulo da história de Guarapari.
Igreja de Sant'Ana
Situada no alto de uma pedreira em Meaípe e, de acordo com alguns relatos, a Igreja de Sant'Ana teria sido construída em 1619, sendo um marco de fé e tradição. Sua localização estratégica, com o mar a seus pés, permitiu a defesa da costa contra ataques indígenas e serviu como um farol para pescadores. A igreja foi restaurada várias vezes. A iconografia de Sant'Ana Mestra, ensinando os mandamentos à Virgem Maria Menina, está presente na imagem esculpida por Aurélio Monteiro. Esta imagem de 80 cm simboliza a profunda fé da população de Meaípe, que recorreu a Sant'Ana em momentos de necessidade. Com o crescimento da comunidade, a pequena capela original tornou-se insuficiente e, entre 1988 e 1989, foi construído o Novo Santuário Senhora Sant'Ana ao lado da capela. Anualmente, a tradicional festa de Sant'Ana reúne a comunidade em procissão pelas ruas de Meaípe, preservando a essência e a memória viva do vilarejo. A lenda da "Sereia de Meaípe" e a antiga fonte de água potável atrás da capela adicionam charme à história local.
Ruínas da Antiga Matriz Nossa Senhora da Conceição
As Ruínas da Antiga Matriz Nossa Senhora da Conceição são um dos mais importantes patrimônios históricos e afetivos de Guarapari. Construída em 1677 pelo donatário da capitania, Francisco Gil de Araújo, a igreja foi um marco na transformação da aldeia de Guaraparim em vila. Utilizando pedras sobrepostas unidas por argamassa de barro, areia, conchas trituradas e óleo de baleia, a construção visava substituir a capela anterior, que estava em ruínas. A igreja tinha uma posição estratégica que a destacava na paisagem e servia como ponto de referência para a comunidade. Apesar de nunca ter sido totalmente concluída devido a um incêndio, restam as ruínas e o campanário, reconstruído em 1817. Ao longo dos anos, as ruínas serviram como cemitério, horta escolar e cadeia. Em 1878, a deterioração física da matriz levou à transferência dos objetos de culto para a igreja do antigo convento dos jesuítas. As ruínas, tombadas pelo Conselho Estadual de Cultura em 1989, revelam o labor artesanal e o significativo investimento na construção do templo, evidentes em seus elementos arquitetônicos.
Praia da Areia Preta
A Praia da Areia Preta, em Guarapari, é famosa por suas propriedades radioativas e medicinais. Nos anos 1930 e 1940, o médico e escritor Antônio da Silva Mello destacou os benefícios das areias monazíticas desta praia, projetando Guarapari nacional e internacionalmente como a "cidade saúde". As areias, ricas em ilmenita, monazita, terras raras, granada e zirconita, atraem turistas em busca de cura e bem-estar, entre eles celebridades como Garrincha e Elza Soares na década de 1960. Pesquisas da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) em 2017, lideradas pelo físico nuclear Marcos Tadeu Orlando, confirmaram que a radiação emitida pelas areias, devido ao gás radônio, previne diversas doenças, incluindo o câncer de mama. A exposição a baixos níveis de radiação estimula o sistema imunológico, funcionando como uma "vacina" natural.
Pedra do Elefante
A Pedra do Elefante, localizada na comunidade rural de Buenos Aires, é uma formação rochosa que se assemelha à cabeça de um elefante, com tromba e cílios. Parte vital da beleza e patrimônio cultural de Guarapari, este marco natural é um destino turístico popular, oferecendo uma combinação única de aventura ao ar livre e vistas panorâmicas impressionantes da cidade, incluindo o Centro e a Enseada Azul. Para chegar ao mirante da Pedra do Elefante, os visitantes percorrem uma trilha de nível moderado na subida para Buenos Aires, situada a apenas 8 minutos da BR-101. Ao atingir o topo, são recompensados com uma visão ampla da costa e das deslumbrantes paisagens naturais da região, especialmente em dias claros. A área ao redor da Pedra do Elefante é rica em biodiversidade, sendo um habitat importante para diversas espécies de fauna e flora locais. Cercada por uma paisagem exuberante, a Pedra do Elefante é um ponto de parada imperdível para quem percorre a charmosa Rota da Ferradura. Além da trilha e das vistas, a região de Buenos Aires é conhecida por suas belezas naturais, cachoeiras e culinária caseira.
Casa da Cultura
A Casa da Cultura de Guarapari tem sua origem no período colonial, conforme relatos históricos e orais. A edificação teria sido construída por volta de 1749, abrigando a Câmara de Vereadores, a cadeia pública e a Prefeitura, em estilo típico da época. Em 1679, quando a aldeia de Nossa Senhora da Conceição de Guaraparim foi elevada à vila pelo donatário Francisco Gil de Araújo, ordenou-se a construção de pelourinho, casa de câmara e cadeia, mas a localização dessas estruturas não foi registrada. No inventário de 7 de abril de 1881, vereadores mencionaram uma edificação de dois andares, possivelmente a atual Casa da Cultura, com o Paço da Câmara no andar superior e a cadeia no térreo. Localizada na Praça Trajano Lino Gonçalves, em 1988 a edificação sofreu uma intervenção e alterou sua estrutura original, preservando apenas as paredes laterais e a fachada. Transformada em Casa da Cultura na década de 1990, abrigou o Museu Histórico Municipal, espaço cultural e centro de informações turísticas. Também sediou a Biblioteca Pública Municipal. Como patrimônio histórico e afetivo de Guarapari, seu tombamento é uma aspiração dos entusiastas locais.
Escultura do Marlim Azul
A escultura do Marlim Azul é um marco emblemático em Guarapari, homenageando um dos símbolos marinhos mais importantes da região. Inaugurada em 1998, a escultura celebra a captura do maior Marlim Azul do mundo, pescado pelo empresário Paulo Amorim. Este feito trouxe visibilidade internacional à cidade quando o marlim de 636 quilos, um recorde mundial, foi retirado das águas de Guarapari. Concebida pelo artista plástico Giuliano Filippi, a escultura possui 8 metros de altura e foi realizada em fibra de vidro, nas cores cinza e azul. Está localizada na Praia do Morro, um dos pontos turísticos mais frequentados da cidade. A escultura celebra a pesca esportiva e destaca a importância do Marlim Azul na identidade cultural e turística de Guarapari. O monumento tornou-se um ponto de referência para visitantes e moradores, proporcionando uma excelente oportunidade para fotos e contemplação. A escultura do Marlim Azul é um atrativo imperdível para quem visita Guarapari, reforçando a conexão da cidade com o mar e a pesca esportiva.
Segunda à Sexta de 08h30 às 17h30
(27) 3361-8200
Rua Alencar Moraes de Resende, nº 100 - Jardim Boa Vista 29.217-900 - Guarapari - ES